Resenha: Eu estive aqui - Gayle Forman - Editora Arqueiro

Título Original I was here

Tradução Fabiano Morais
Páginas 240
Formato 16 x 23 cm
Peso 250 g
Acabamento brochura
Lançamento 15/06/2015
ISBN 9788580414233
EAN 9788580414233

Sinopse

Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal? 

A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos. 

Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida. Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível. 

Terapiando...

Eu estive aqui foi uma leitura pesada, mas de um jeito que não é negativo se forem analisados todos os aspectos. O tempo todo que li o livro senti um frio na barriga, esse sentimento era constante mesmo que eu interrompesse a leitura e reiniciasse horas mais tarde.

Posso dizer então que Gayle Forman conseguiu passar sua mensagem com maestria com esse livro. A dose certa de suspense,a dor da perda, atitudes impulsivas de adolescentes, um breve road trip e um romance que se constrói nas entrelinhas. 

Cody não sabe mais em quantas missas, encontros e eventos fúnebres que já foi em homenagem e/ou pedidos de misericórdia pela alma de sua amiga, já que ela se suicidou. 

Para Cody tudo parece sempre igual e nada faz sentido, então quando recebe a missão de ir pegar as coisas de sua amiga no alojamento da Faculdade em Tacoma, mesmo que seja difícil,ela aceita pelos pais de Meg e por ter uns dias longe de todos. 

Logo que chega ela tem contato com alguns dos alunos do alojamento e tenta identifica-los  conforme as breves descrições e os desenhos feitos por Meg. 

Quando ela tem acesso as coisas de sua amiga, incluindo ao seu notebook , acaba descobrindo informações que lhe deixam curiosas e quando menos se espera ela está afundada em uma investigação. Os e-mails incompletos e períodos  intermitentes de mensagens entre Meg e Ben, um guitarrista gato e muito mulherengo , lhe levam a crer que ele está mais do que envolvido na decisão de sua amiga por fim a própria vida.

Ao menos é nisso que Cody se apega, porque ela precisa de alguma coisa ou um culpado para amenizar sua dor. 

Mais informações vão surgindo, algo muito obscuro vem se revelando e Cody precisa da ajuda de outras pessoas incluindo do próprio Ben. 

Ben vê nessa oportunidade, a possibilidade mostrar para essa menina fascinante a sua inocência nesta situação, mesmo que ele próprio sinta um certo peso na consciência. 

Esse período juntos vai revelar os maiores medos, os maiores segredos e os maiores sentimentos e nesse mistério todo vamos vendo os personagens crescendo, se transformando e perdoando a si mesmos e enfim perdoando a Meg. 

Ufaaa... realmente é um livro de tirar o fôlego , de pesar os olhos com tamanha intensidade dos sentimentos de tristeza, magoa , dor e enfim recuperação. Sentimentos estes que sem dúvida nenhuma fazem crescer e amadurecer e isso se prova no livro. 

Alem disso, temos um epílogo fofo demais, seguido de uma nota da autora que nos deixa cientes do tamanho e da seriedade que precisamos tratar os casos ou as pessoas que podem vir a tentar o suicídio e os Agradecimentos de Gayle que nos fazem derramas as ultimas lágrimas. rsrs Ou seja um livro lindíssimo do início ao fim. 

Bjks