Resenha: Without Merit, Colleen Hoover

28 janeiro 2018

"Nem todo erro merece uma consequência. Alguns só merecem o perdão."

A família Voss é tudo menos normal. Eles vivem em uma igreja adaptada, recentemente batizada Dollar Voss. A mãe, uma vez doente de câncer, vive no porão, o pai é casado com uma das enfermeiras da mãe, o pequeno meio irmão não é autorizado a comer ou fazer algo divertido, e os irmãos mais velhos são irritantemente perfeitos. E então, tem Merit.


Merit Voss coleciona troféus que ela nunca ganhou e segredos que sua família a obriga guardar. Enquanto procura por seu próximo troféu na loja de antiguidades, ela encontra Sagan. Sua perspicácia e idealismo desarmam e produzem nela centelhas de uma vida renovada — até ela descobrir que ele está completamente indisponível. Merit escapa profundamente para dentro de si mesma, observando sua família pelos cantos, quando ela descobre um segredo que nenhum troféu no mundo poderá consertar.

Cansada de mentiras, Merit decide acabar com a ilusão da família feliz, a qual ela nunca fez parte, antes de deixá-los de uma vez por todas. Quando o seu plano de fuga falha, Merit é obrigada a tolerar as surpreendentes consequências de dizer a verdade e de perder o garoto que ela ama.

Emocionante e poderoso, Without Merit explora a série de mentiras que unem uma família e o poder do amor e da verdade.




Without Merit foi lançado em outubro, e mesmo com o livro na estante, eu preferi adiar a leitura. O segundo semestre de 2017 foi realmente muito atribulado para mim, por isso decidi não conhecer Merit e Sagan assim, logo de cara. Por estar preocupada com outras coisas, eu sabia que não daria a devida atenção à história. 

Em dezembro, resolvi que era hora de ler o último livro do ano e, é claro, escolhi Without Merit, não só porque já havia protelado demais, mas principalmente porque queria fechar meu ano literário com categoria, tipo, lacrando mesmo, sabe? Lembro ter pensado, "Colleen não desaponta nunca," e estava certa. QUE LIVRO, MEU BRASIL. QUE LIVRO!

Assim como em It Ends With Us que tem a violência doméstica como tema, em Without Merit, Colleen Hoover volta a tratar de um assunto extremamente difícil — não só de ser abordado, mas de ser compreendido por outros — e dramático para quem é dia e noite desafiado pelo mal do século, a depressão. Essa é a segunda vez que a autora escreve um livro que deveria ser para muitos. Ele atua como um alerta para aqueles que possuem os sintomas que podem levar à depressão, e proporciona um vislumbre de como é o dia a dia daqueles que convivem com ela. No entanto, este é um livro para poucos. 

A história de Merit Voss é repleta de drama. Dramas que para você e para mim são um porre, e extremamente desnecessários, mas que para ela, são válidos e muito maior do que se imagina. É exatamente esse o grande apontamento de Hoover ao narrar a história de Merit: mostrar o quanto essa doença é estigmatizada e incompreendida, assim como foi este livro.
Without Merit é um livro sem prólogo e epílogo. A falta deste último me incomodou de verdade, porque eu sou o tipo de leitora que precisa de um desfecho pós desfecho, se é que você me entende. As últimas palavras do último capítulo não matam a minha sede de saber o que aconteceu depois; como ficou a vida daqueles personagens. Por isso tenho que admitir que me senti órfã com a inexistência de um epílogo. Além disso, é uma obra narrada sob um único ponto de vista, o de Merit, mas que conta com muitos personagens presentes durante a história — Lucky, Honor, Utah, Victoria, Moby, os pais de Merit, Sagan — algo que não lembro de ter visto em nenhum outro livro da autora. Todos esses personagens aparecem constantemente e possuem voz na trama. 

Duas outras características marcantes do livro são os desenhos criados por Brandon Adams que estampam as páginas no decorrer da narrativa, e o modo como Hoover trabalhou com a atualidade para contar a história de Sagan. Eu simplesmente amei o fato dela ter pensado nisso e traçado os contornos da vida do rapaz com base nesse acontecimento. 

Sendo assim, só tenho a dizer que Without Merit é o livro perfeito para aqueles que o lerá de mente aberta, disposto a deixar de lado por um momento aquela Colleen de O Lado Feio do Amor para encontrar a Colleen de It Ends With Us. Faço isso, e essa não será apenas uma leitura, mas sim, um belo exercício sobre perspectiva e compreensão.

Resenha: Seek, Mia Sheridan

24 janeiro 2018


A rica socialite Olivia Barton nunca imaginou que seu noivo desapareceria no que seria sua viagem rotineira de negócios. Ela fica ainda mais atordoada e confusa quando um investigador particular o rastreia meio mundo até uma cidadezinha no litoral da Colômbia. Mas o país foi recentemente devastado por um terremoto e um tsunami, interrompendo toda comunicação e tornando impossível viajar. Ainda assim, Olivia está determinada a ir para a Colômbia encontrar as respostas que ela tão desesperadamente busca. O que ela precisa é de um guia — um mercenário.

O homem chamado Thomas surge das sombras. Há um ar inconfundível de perigo nele, e uma promessa em ajudar a leva para o país arruinado e infestado de crime. Mas quando Thomas e Olivia se veem lutando contra uma inegável atração, o perigo ganha um novo significado. Nas viçosas selvas da América do Sul, todas as regras são diferentes e Thomas e Olivia estão prestes a descobrir que algumas vezes, o que você procura não é necessariamente o que você encontra.

      

Além de ter sido uma ótima surpresa, Seek foi o primeiro livro de Mia Sheridan que li, e considerando as circunstâncias bem corridas com que ele foi anunciado, posso dizer que fiquei maravilhada com todo trabalho de escrita da autora e sua vontade de proporcionar algo novo aos leitores.

Como a própria Sheridan comentou ao anunciar a publicação de Seek, exatamente uma semana antes de seu lançamento, a história possui um ritmo acelerado, mas nada que tenha me incomodado. Pelo contrário, é essa certa correria que faz com que você sinta a adrenalina da história. Ponto para Mia, que nos trouxe uma trama cheia de ação, suspense y muy caliente!

Nesse livro conhecemos a socialite de Vegas, Olivia Barton, que há dois meses vive sem saber o que de fato ocorreu com seu noivo, Alec. Homem de negócios, Alec viaja a trabalho, e sem mais nem menos, desaparece sem deixar rastros. Até que um detetive particular contratado por Olivia descobre o possível paradeiro do rapaz: uma pequena cidade no litoral da Colômbia chamada Palomino. 

Ainda sem entender em que circunstâncias Alec foi parar tão longe de sua viagem de negócios, Olivia está determinada a ir ao seu encontro. Resgatá-lo da cidade devastada por um terremoto e tsunami de proporções inimagináveis, onde a criminalidade segue crescendo a cada dia que passa. Só então Olivia percebe que não poderá fazer tudo sozinha, e se vê obrigada a contratar os serviços de um homem, um guia para levá-la até Palomino em segurança. O tempo de viagem não passará de uma semana, e o itinerário, detalhadamente cronometrado e planejado, é a única certeza que ela tem de que encontrará as respostas que tanto deseja. Depois disso, o guia contratado a deixará para seguir em frente. Mas é claro que eles não contavam com certos empecilhos no decorrer do caminho. E isso Olivia pôde perceber com maestria. Por trás de toda carranca, por trás de tanta rispidez, havia um homem atraente, intenso, viril, que agia para ajudar os outros: Thomas.

Com uma narrativa movida por emoção, correria, descobertas, confidências e muita aventura, acompanhamos a construção de um casal, a evolução de dois personagens que num primeiro momento, estão convictos de tudo. De suas vidas, de seus desejos, do futuro. E então, vemos Sheridan desconstruir toda essa certeza em meio a um cenário de perigo e incertezas. 

Oficialmente lançado em 22 de janeiro, Seek é um livro que aposto, foi totalmente pensado para prender o leitor do início ao fim, sem dó. 

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