Resenha: A Química, Stephenie Meyer

02 fevereiro 2017


Título: A Química
Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Edição: 1
Ano: 2016
Páginas: 496
Gênero: Ficção/Thriller


A Química é o trabalho mais recente da autora Stephenie Meyer. Ele foi publicado no finalzinho do ano passado pela editora Intrínseca e tem dividido opiniões.

Os fãs de Crespúsculo e A Hospedeira provavelmente se descabelaram quando Meyer anunciou essa nova história. E não tem jeito, se tiver o carimbo Stephenie Meyer, é claro que daremos uma chance, certo? 

Bem, A Química é um thriller de ficção que narra a história de uma ex-agente chamada Juliana Fortis. Juliana trabalhava em um departamento secreto e era especialista em sua área e por conta disso, ela estava sempre a par de informações super confidenciais e conhecia grande parte dos segredos guardados pela agência em que trabalhava. Seus serviços eram geralmente requisitados na área de interrogatórios, porque ela era capaz de fazer qualquer pessoa revelar as verdades escondidas por trás de um ato de terrorismo, por exemplo, com ferramentas químicas. Isso acabou colocando-a em risco e obrigando-a a fugir, mudar de identidade e camuflar-se por longos três anos. Ainda sem saber ao certo o motivo, Juliana começa a ser perseguida pelo departamento e a única coisa que lhe resta é sumir do mapa. Essa jornada é marcada pelo assassinato de seu parceiro de laboratório, por idas e vindas constantes, por mudanças regulares. Ela nunca passava muito tempo na mesma casa, nem no mesmo estado. Sempre trocava seu nome e todas as noites antes de dormir, armava sua armadilha química caseira. Após sobreviver a diversas armadilhas, Fortis é procurada por seu antigo mentor, Carston. Ele lhe oferece um novo trabalho, garantindo sua liberdade caso seja concluído. É nesse momento que Juliana embarca na aventura mais perigosa de sua vida e acaba conhecendo Daniel, Kevin e Val.

Nesse novo livro, Stephenie inspira-se nas peripécias de Jason Bourne e Aaron Cross para moldar sua história. Ela consegue criar uma heroína determinada, completamente diferente do que estávamos acostumados a ver em seus livros. Ainda assim, a história é super arrastada. Narrada em terceira pessoa, o livro é bem grandinho; contém mais de 400 páginas e o enredo que poderia ser "matador", acabou sendo mal aproveitado e mal explorado. Confesso que esperava muito mais. No início pensei em A Hospedeira, que também começou bem chatinho, mas que depois deslanchou e conseguiu arrebatar meu coração. Estava torcendo para que A Química fosse assim também, mas não foi.

A autora perde muito tempo detalhando coisas desnecessárias, quando poderia agregar mais à história, ou então, diminui-la consideravelmente, porque 496 páginas é muita coisa para pouco conteúdo. 

Pode parecer clichê, mas termino dizendo que vale a pena ler, principalmente se você é fã da escrita da autora, para saber do que se trata e também para voltar o seu olhar crítico para a narrativa. Mas como já disse, espere por uma leitura lenta que na maioria das vezes não preenche as suas expectativas.


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