Resenha: Playing in the Rain, Jane Harvey-Berrick

28 maio 2017

Ava Lawton não consegue acreditar em sua falta de sorte. Era para ser um momento empolgante de sua vida: recém formada na universidade, morando em um novo estado, com um novo emprego e finalmente longe de sua família.

Mas quando ela é obrigada a pedir demissão, tudo desmorona rapidamente. De repente, ela está sozinha em meio a uma multidão, sem ter a quem recorrer.

Agora é hora de viver a vida da sua própria maneira.

Em seu momento mais difícil, um estranho lhe entrega uma mensagem que lhe traz esperança.

Agora é hora de escolher ser feliz.

E talvez seja hora de deixar que um lindo estranho faça parte de sua vida.

Minha gente, que livro é esse? 

Quem diria que um livrinho de 100 páginas seria capaz de destruir o coração do sujeito? 

Conheci os livros de Berrick através da indicação de amigas e me apaixonei por Dangerous to Know and Love (não postei resenha dele aqui porque fui incapaz. Amei tanto que fiquei sem palavras), então prometi que não deixaria de ler Playing in the Rain

Lançado em 2014, ele é o que chamaríamos de conto, ou seja, é uma narrativa bem curtinha que, para ser sincera, não dá para esperar muita coisa, certo? Errado. Nesse livro, conhecemos a história de Ava, uma jovem recém chegada na Califórnia que é obrigada a largar o emprego por ter sido assediada pelo seu chefe. E entre perder o emprego e sentir-se totalmente sozinha num lugar onde tudo é muito novo para ela, uma mensagem completamente inesperada muda o andar da carruagem e, consequentemente, somos apresentadas ao atraente Cody, um rapaz super de bem com a vida, que está sempre com um sorriso estampado no rosto e nada parece perturbá-lo. O problema é que apesar de todo o seu bom humor, tem alguma coisa nesse moço que não se encaixa, que não cola. Ele tem sempre respostas profundas para certas questões, principalmente aquelas que evolvem a vida e se mostra evasivo em vários momentos. Foi aí que eu pensei: Ai sem or, lá vem treta!

E a treta veio. Tiro atrás de tiro. E eu fiquei igual a Kim chorando nos episódios de Keeping Up With the Kardashians


Mas, vida que segue. Continuei a leitura mesmo sabendo que estaria um lixinho no final e amei a trama. É uma história bem rápida de ser lida, que faz você amar os personagens e estar sempre esperando pelo próximo item da lista, já que o foco do enredo é voltado em grande parte para uma espécie de bucket list, onde Ava e Cody listam dez coisas que eles gostariam de fazer, as quais ambos realizam juntos. 

Indico altamente a leitura de Playing in the Rain. Mesmo não sendo fã de contos, eu adorei esse porque mesmo sabendo o que aconteceria, ele conseguiu me surpreender com o modo como aconteceu.

Jane Harvey-Berrick possui dois livros publicados no Brasil pela editora Novo Século, A Educação de Caroline e A Educação de Sebastian que, segundo algumas amigas que já leram, não têm nada a ver com Playing in the Rain ou Dangerous to Know and Love. Então, caso você tenha lido Caroline e Sebastian e não tenha gostado, não use-os para julgar os outros. 

Resenha: Mister Romance, Leisa Rayven

21 maio 2017

Com o seu outro eu, Mister Romance — Max é um acompanhante lindo de morrer que faz fantasias românticas ganharem vida. Nada de sexo, apenas encontros pelos quais você morreria e que a nata das socialites de Nova Iorque adora. Se quiserem um bilionário dominador, um bad boy com o coração de ouro, um nerd ou motociclista sexy, ou um melhor amigo que as ama, Max pode fazer com que tudo isso aconteça, mas ele é cuidadoso ao manter sua verdadeira identidade em segredo.

Entra a jornalista investigativa Eden Tate. Após descobrir a lenda urbana de Mister Romance através de uma cliente repentinamente afetada pelo amor, Eden está determinada a expor Max e sua habilidade de enganar as mulheres solitárias da sociedade arrancando suas fortunas.

Desesperado em proteger seu anonimato e suas clientes, Maz desafia Eden a lhe conceder três encontros. Se ela não se apaixonar por ele, ela pode publicar sua história com o seu consentimento. Se ela sucumbir aos seus encantos, a história morre.

Quando a linda da Laira me apresentou a oportunidade de ler um livro inédito da Leisa Rayven (para quem não sabe, a autora de Meu Romeu), eu agarrei essa chance com unhas e dentes. Devo ser bem honesta que quando comecei a ler, não achei que seria um bom livro. Na verdade, pensei que Mister Romance acabaria na minha lista de livros medianos.

Logo de cara conhecemos Eden, uma jornalista — que só escreve colunas de besteiras e odeia  que aguarda ansiosamente por uma oportunidade de escrever a tão almejada grande matéria capaz de fazer com que ela cresça profissionalmente e comece a tratar de assuntos mais relevantes em seus artigos. Em meio aos altos e baixos de sua carreira jornalística, Eden fica sabendo, através de sua irmã, sobre um homem conhecido como Mister Romance. Alguém que leva as mulheres casadas e solteiras da elite de Nova Iorque a loucura e faz com que suas fantasias românticas se tornem realidade. Max Riley é uma espécie de escort, acompanhante dessas socialites que contratam seus serviços. Serviços compostos de no máximo três encontros, sem sexo incluso.

Intrigada com a história, Eden decide investigar mais a fundo, e é aí que conhecemos Max. Um homem lindo, sexy e misterioso que faz o que for preciso para esconder sua verdadeira identidade de suas clientes. 

À medida que vamos conhecendo os personagens — a descrença de Eden no amor e o jeito sedutor de Max — somos apresentados a uma trama eletrizante e nada convencional.



Lançado em abril deste ano, Mister Romance é um livro que vale a pena ser lido, principalmente se você ama a escrita da autora. Mais uma vez, Rayven foi capaz de nos deixar apaixonados por um casal que tem tudo para dar errado, e por esse motivo, se merecem mais do que tudo.

Leisa Rayven mora na Austrália e é autora de Meu Romeu, Minha Julieta e Coração Perverso, todos publicados no Brasil pela Globo Alt. Meu Romeu e Minha Julieta chegaram a integrar a lista de mais vendidos do país. Leisa é uma das autoras internacionais confirmadas para a Bienal do Rio deste ano e a Globo Alt já confirmou a publicação de Mister Romance.

No ano passado, a autora conversou com o LMT e falou um pouquinho sobre sua série de livros publicadas no Brasil e sobre sua expectativa em conhecer o país. Clique aqui e veja o vídeo super bacana que ela gravou para os leitores brasileiros.


Review: When Cicadas Cry, Laura Miller

10 maio 2017


One moment. One moment can shape our entire life.

That’s all it takes.

But what I didn’t know when we locked eyes that first time was that every moment we shared was just another moment leading up to that one that would forever change the course of our lives.

It was the moment that I knew he knew. It was just a hunch, a feeling, a soft whisper to my soul. But it was in that moment—that one, life-altering instant--that I knew I had lost him.

When Omaha native Ashley Westcott suddenly shows up in Remington Jude’s small, Missouri town, she’s the talk of the town. When she leaves abruptly one day, the rumors fly. But only Rem knows why she left, and he’s not talking.  

It's always a real joy to get to talk about one of Laura Miller's books, not only because they are really good ones, but mostly because you can't keep your mouth shut after reading them — not for too long at least.

When I first read A Bird on a Windowsill I went to a state of awe, happiness and thrill regarding the way she deals with the writing stuff. I don't know how she does it, but she has this kind of power that makes the most beautiful feelings to blossom through her words. So, yes. I became an obsessed fan with her work. I seriously love her books, and I also relate so much to those small town characters she creates, because I was born and raised in a small town as well. The only difference is that I'm a brazilian small town girl.

Now here I am trying to share how it was my experience reading When Cicadas Cry and I'm scared to hell that this review or any other one will never live up to her stories. That's why I'm not going to say much. We can't say much about something that already speaks for itself.

In this book we are introduced to Ashley Westcott and Remington Jude. We also get to know a small town Missouri called Ava and its people's habits. And it was fun, because the story already starts talking about rumors, I mean small town rumors. If you live in a town, I bet you know what I'm talking about. Life can be a prankster most of the times, and it has definitely decided to come into sight aiming on Ashley and Rem. They've met a while ago, fell in love, made happy and worthy memories, but then, in the blink of an eye she's gone, and Rem just ended up forgotting how to live and how to be himself. All those moments come beautifully wrapped in Laura's heart melting and passionate narrative.


When Cicadas Cry is a story about love and its great power of hurting and healing. It's about loyalty in its pure essence. It's about moments and what it takes to get your whole life changed by them, and how powerful they can be. It's also purposefully about the painful ones, because they are what it takes to make you ask yourself how worthwhile they were and how much they deserve to be lived.

And if you ask me right now, "Laira, was it?" I'd totally answer, "Yes."

Laura Miller lives in Midwest and is the national bestselling author of Butterfly Weeds, My Butterfly, By Way of Accident, For All You Have Left and A Bird on a Windowsill

Catch up on her new stories on lauramillerbooks.com. Or you can always say hello to her on social media. Make sure to follow her on Facebook, Twitter and Instagram.

Resenha: When Cicadas Cry, Laura Miller

Um momento. Um momento pode influenciar sua vida inteira.

Só é preciso isso.

Mas o que eu não sabia quando nossos olhos se encontraram pela primeira vez era que cada momento que compartilhávamos, era apenas mais um momento que nos guiava para uma situação que mudaria para sempre o sentido de nossas vidas.

Foi o momento que eu soube que ele sabia. Foi apenas um palpite, uma sensação, um suave sussurro em minha alma. Mas foi naquele momento — naquele instante transformador de vidas — que eu soube que o havia perdido.

Quando a residente de Omaha, Ashley Westcott aparece repentinamente na cidadezinha de Remington Jude em Missouri, ela é o assunto da cidade. Um dia, quando ela vai embora abruptamente, os rumores voam. Mas só Rem sabe porquê ela se foi e ele não irá contar.

É sempre uma grande alegria poder falar sobre os livros da Laura Miller, não só por serem ótimos livros, mas principalmente porque você não consegue ficar de boca fechada depois que os lê – não por muito tempo, pelo menos.

Quando eu li A Bird on a Windowsill pela primeira vez eu fiquei feliz, emocionada e maravilhada pelo modo como ela lida com a escrita. Eu não sei como ela faz isso, mas ela tem esse jeito de fazer com que os sentimentos mais lindos floresçam através de palavras. Então, sim. Eu me tornei uma fã obcecada pelo trabalho dela. Eu amo seus livros e acabo me identificando muito com os personagens que ela cria, já que também sou nascida e criada em cidade pequena.

Agora estou aqui tentando contar como foi minha experiência lendo When Cicadas Cry e estou morrendo de medo que essa resenha e nenhuma outra faça jus as suas histórias. É por isso que não vou falar muito. Não podemos dizer muito sobre algo que já fala por si só.

Neste livro somos apresentados a Ashley Westcott e Remington Jude. Também conhecemos uma pequena cidade em Missouri chamada Ava e os hábitos dos moradores de lá. E é bem engraçado, porque a história já começa falando sobre rumores. Os famosos rumores que só existem em cidadezinhas. Se você também mora em cidade pequena, aposto que você sabe do que estou falando. A vida pode ser muito brincalhona na maioria das vezes e ela definitivamente decide fazer sua grande aparição tendo em vista Ashley e Rem. Eles se conheceram há algum tempo, se apaixonaram, criaram lembranças felizes e que valeram a pena, mas então, em um piscar de olhos, ela vai embora e Rem acaba esquecendo como viver e como continuar sendo ele mesmo. Todos esses momentos vêm lindamente embalados nessa narrativa apaixonante e de derreter o coração.



When Cicadas Cry é uma história sobre amor e o seu grande poder de magoar e curar. É sobre lealdade em sua essência mais pura. É sobre momentos e o que é preciso para que toda a sua vida seja completamente mudada por eles e o quão poderosos eles podem ser. É também, propositalmente, sobre os momentos dolorosos, porque são eles que fazem você se perguntar o quão valiosos eles foram e até que ponto eles merecem ser vividos.

Laura Miller mora em Midwest e é autora best-seller de Butterfly Weeds, My Butterfly, By Way of Accident, For All You Have Left e A Bird on a Windowsill

Saiba mais sobre suas histórias em lauramillerbooks.com. Você também pode conversar com ela no Facebook, Twitter e Instagram.

Resenha: Last, J.L. Davis

06 maio 2017

Autora: J.L. Davis

Lançamento: 5 de maio de 2017


Depois de perder o emprego, sua melhor amiga e seu namorado tudo de uma vez, Jessa Phillips não tem outra escolha a não ser voltar para casa e começar de novo.

Quando ela bate na porta de Alex Rogan em busca de um trabalho, o que ela encontra é muito mais do que um emprego. Ele é alto, musculoso, bonito e muito misterioso.

Jessa não consegue evitar a atração e deseja desesperadamente mais do que ele quer oferecer. Será que ela vai conseguir fazer com que Alex baixe a guarda e dê uma chance a eles? Será que ela vai conseguir que ele a deixe ser seu último amor?



Romance de estreia da autora J.L. Davis, Last é o livro ideal para você que precisa dar uma escapada de histórias intensas e desgastantes, apesar do que a capa sugere.

Tive a oportunidade de receber um ARC com a história de Alex e Jessa e fiquei curiosa com base na sinopse e na capa também. Como havia muito tempo que não lia um livro considerado hot, resolvi dar uma chance não só pelo gênero, mas por ser o primeiro romance da autora.

Last é um livro curto e rápido de ser lido. A narrativa tem como base a vida de Jessa, uma jovem que abandona a escola aos 17 anos para ir morar com o namorado, Tyler. Após quatro anos morando juntos, em um dia nada comum, Jessa sai mais cedo do trabalho sem ter ideia de que vai se deparar com uma cena de traição. Tyler trai Jessa com ninguém menos do que a melhor e única amiga da moça, Amber. Chocada com o que vê, Jessa Phillips decide colocar o orgulho de lado e voltar para a casa de sua mãe. Agora, mais do que nunca, ela precisa colocar sua vida nos eixos e o primeiro passo é arrumar um emprego.

É aí que conhecemos Alex. Num dia que Jessa resolve distribuir currículos pela cidade, ela acaba encontrando uma velha conhecida dos tempos de escola, Brittany. E através da indicação da jovem, Jessa acaba trabalhando como faxineira na casa de Alex Rogan e a atração entre os dois é instantânea. 

Acho que é automático olhar para a capa desse livro e pensar em uma história tão envolvente e cheia de momentos calientes, mas como leitora, senti que faltou fundamentos e justificativas que explicassem as cenas. Alex é descrito como alguém que guarda um segredo terrível e quando esse segredo foi revelado eu pensei: "É isso o que ele escondia?" (insira aqui um emoji espantando). O segredo de Alex faz de Christian Grey e muitos outros hombres da literatura erótica monstros sem precedentes. A autora podia ter explorado mais esse lado, sem medo de acabar escrevendo um livro de mil páginas. Até porque, apesar de tudo, Alex é um homem super romântico e desejável. Na realidade, ela podia ter explorado muito mais diversos pontos da história e explicado melhor alguns momentos, como a relação de Brittany e Jessa ou o antagonismo entre Alex e a mãe de Jessa que é superado em cinco minutos sem mais nem menos. 

São por razões como as pontuadas acima que eu disse que Last é um ótimo livro para quem está em busca de uma leitura hot super café com leite e que não espera reviravoltas, nem dramas. É um livro para relaxar e dar um tempo nas histórias intensas que deixam você a ponto de ter um ataque. 

Last já está disponível na Amazon. Confira aqui.

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