Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado. A decisão é sua. “A doença que eu tenho é rara e famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Não saio de casa. Não saí uma vez sequer em 17 anos. As únicas pessoas que eu vejo são minha mãe e minha enfermeira, Carla.Então, um dia, um caminhão de mudança para na frente da casa ao lado. Eu olho pela janela e o vejo. Ele é alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. Ele percebe que eu estou olhando e me encara. Seu nome é Olly.
Talvez não seja possível prever tudo, mas algumas coisas, sim. Por exemplo, vou me apaixonar por Olly. Isso é certo. E é quase certo que isso vai provocar uma catástrofe.”
Bem, para ser honesta, só comecei a ler Tudo e Todas as Coisas por causa do trailer do filme, e confesso que não estava muito empolgada com ele. Mas, como sempre gosto de ler o livro antes de ver o filme, lá fui eu!
Maddy está prestes a fazer 18 anos, idade que muitos querem atingir logo para poderem sair de casa e viver a vida, mas, temos um problema: Maddy é doente. Desde a infância, ela foi diagnosticada com Síndrome da Imunodeficiência Combinada, uma doença que faz com que o corpo dela não consiga combater as menores bactérias e infecções, algo que a obriga a viver basicamente em uma bolha dentro da sua casa. Sua mãe é uma médica dedicada a cuidar da vida da filha, juntamente com Carla, enfermeira e uma das melhores pessoas do livro inteiro. Um belo dia, Maddy está olhando pela janela da sua casa — já que todo o contato que a menina tem com o mundo lá fora é através da janela — e vê um caminhão de mudança se aproximar. Dentro dele está Olly, um menino alto, musculoso, vestido de preto dos pés a cabeça.
Maddy ama ler, navegar na internet, tem aulas online e é uma jovem bem básica. Só veste roupas simples e sem cor, afinal, se ela nunca sai de casa qual o objetivo de se vestir diferente?
Foi aí que entendi a trama do livro! Ela se apaixonaria pelo misterioso Olly e decidiria arriscar-se mundo afora, certo? Bem, não é exatamente assim que acontece. Ela se apaixona, sim, por ele, mas o mais lindo de tudo é que ele também se apaixona por ela! É recíproco, gente. E tudo começa quando eles começam a se corresponder por e-mail e ficam amigos. Esse contato virtual entre os dois faz com que cresça uma certa curiosidade e ambos acabam intrigados um com o outro. Enquanto isso, descobrimos que Olly tem muitos problemas em sua vida familiar. Seu pai é abusivo, não só com ele, mas com sua mãe e irmã também, e ele precisa conviver com esses maus-tratos constantes.
Depois de descobrir tudo isso você deve estar pensando: como eles se apaixonam se não podem se ver, muito menos se tocar? Lembra que eu disse que a Carla era a melhor pessoa deste livro? Pois é... digamos que ela dá um jeitinho para que eles se vejam pela primeira vez, cara a cara, ao vivo e a cores. A partir de então, por mais que a jovem tente se convencer de que não há a possibilidade deles terem um futuro juntos, a atração que eles sentem um pelo outro é muito forte, inegável.
Se você está pensando que esse livro é mais uma história de amor entre duas pessoas que não podem ficar juntas, você de certo modo está certo, mas o que mais amei neste livro foi ver a nossa linda Maddy se descobrindo como pessoa, porque se a gente for analisar a situação, ela nunca realmente pensou no que ela queria pra vida dela, simplesmente aceitou o seu inevitável destino.
Tudo e Todas as Coisas foi um dos livros mais diferentes que já li, porque acho que foi uma das poucas vezes que não torci exatamente para o casal e sim, para que a personagem pudesse VIVER! A trama nos ensina que nada está cem porcento garantido. Às vezes temos que arriscar, porque o que está do outro lado da porta pode valer a pena.
Nenhum comentário
Postar um comentário