Título no Brasil: Por isso a gente acabou
Autor : Daniel Handler ( Lemony Snicket)
Editora : Cia das Letras
Número de págs : 368
Aqui vai uma explicação. No dia que comprei esse livro eu estava com a também colunista Debby Andrade na Livraria Cultura. Ambas nos interessamos pelo livro, saímos na livraria o comprando e começamos a ler praticamente ao mesmo tempo.
Por termos tido visões diferentes do livro e também porque achei interessante fazemos uma resenha a duas mãos! ( essa nem a Fernanda sabia, surpresa para ela também ;)
A meu convite Debby resenhou o livro também. Abaixo vocês vão conferir o que eu achei e o que a Debby achou. Duas versões de um mesmo livro, lidas por pessoas de idades diferentes e de histórias de vida diferentes, espero que gostem!
A sensação que temos quando queremos muito ler um livro e ele não é nada
do que esperamos é de decepção. Foi assim que me senti ao terminar as
368 páginas desse livro que não me disse a que veio e não consegui
distinguir para qual idade se destina.
O tema de término de um namoro é complicado dos 8 aos 80 anos, afinal, que atire a primeira pedra quem nunca teve o coração partido. E a reação que temos ao sofrer e ao nos recuperar desse sofrimento rendeu milhares de livros e irão render tantos outros porque nunca a sociedade vai parar de sofrer por amor.
Nesse livro em questão a protagonista não nos ganha em nenhum momento, Min Green é uma jovem chata e enjoada que para se vingar do ex namorado que teve um relacionamento intenso de pouco mais de um mês - pausa para risos! - resolve juntar em uma caixa todas as recordações que tinha do cara que a fez sofrer explicando a ele porque terminaram.
Reunir objetos que lembrem o amado e depois destrui-los ou devolvê-los já existia em Emma de Jane Austen, já vimos em inúmeros filmes e livros e nesse não justifica nada das desculpas que ela acha ter para não terem dado certo, ela culpa o pobre do rapaz de não gostar do mesmo filme que ela, vontade de entrar na história e mandá-la crescer...quantas de nós temos namorados ou maridos que gostem de cinema francês, que se encantem pelo mesmo seriado que nós? Fácil se gostarmos de Star Wars, difícil se quisermos que ele assista pela enésima vez O diário de uma paixão ou veja Sex and the City.
Um livro imenso e bem ilustrado mas que não diz a que veio, um desperdício de tempo para quem compra e de talento de um autor tão bom como é Daniel Handler.
Pena que caí na asneira de comprá-lo!
O tema de término de um namoro é complicado dos 8 aos 80 anos, afinal, que atire a primeira pedra quem nunca teve o coração partido. E a reação que temos ao sofrer e ao nos recuperar desse sofrimento rendeu milhares de livros e irão render tantos outros porque nunca a sociedade vai parar de sofrer por amor.
Nesse livro em questão a protagonista não nos ganha em nenhum momento, Min Green é uma jovem chata e enjoada que para se vingar do ex namorado que teve um relacionamento intenso de pouco mais de um mês - pausa para risos! - resolve juntar em uma caixa todas as recordações que tinha do cara que a fez sofrer explicando a ele porque terminaram.
Reunir objetos que lembrem o amado e depois destrui-los ou devolvê-los já existia em Emma de Jane Austen, já vimos em inúmeros filmes e livros e nesse não justifica nada das desculpas que ela acha ter para não terem dado certo, ela culpa o pobre do rapaz de não gostar do mesmo filme que ela, vontade de entrar na história e mandá-la crescer...quantas de nós temos namorados ou maridos que gostem de cinema francês, que se encantem pelo mesmo seriado que nós? Fácil se gostarmos de Star Wars, difícil se quisermos que ele assista pela enésima vez O diário de uma paixão ou veja Sex and the City.
Um livro imenso e bem ilustrado mas que não diz a que veio, um desperdício de tempo para quem compra e de talento de um autor tão bom como é Daniel Handler.
Pena que caí na asneira de comprá-lo!
Raffa Fustagno
Por Isso a Gente Acabou
é o primeiro livro que eu leio de Daniel Handler, mais conhecido como Lemony
Snicket, e devo dizer que foi amor à primeira vista! O livro que aparentemente
é um pouco grosso, 362 páginas sem contar as ilustrações, tem uma dinâmica
rápida e é tão envolvente que torna a leitura fácil. O que eu mais gostei foi
do fato de ele todo ser uma carta escrita pela personagem principal. Além
disso, as ilustrações são fantásticas, cada uma mais linda do que a outra! Elas
parecem mesmo ilustrações, perfeição não foi o objetivo buscado por Maira
Kalman, a ilustradora, e isso só as deixou mais bonitas a meus olhos.
A personagem principal,
Min Green, é um pouco estranha, mas de um jeito bom. Como isso? Simples ela é
apaixonada por cinema e em vários momentos de sua gigantesca carta ela
correlaciona situações vividas por ela e por seu ex-namorado, Ed Slaterton, a
filmes clássicos do cinema que ela já viu ou não e a fatos sobre filmes ainda
não vistos, mas que como uma aficionada por cinema ela sabe. Alias, adorei o
apelido Min, diminutivo de Minerva, soa muito bem Min Green.
Uma coisa que me
irritou um pouco quando comecei o livro foi que depois de cada situação contada
ela sempre terminava dizendo: E foi por isso que a gente acabou Ed. Mas devo
dizer que depois de algumas poucas páginas você acaba se acostumando e que com
isso você vai ficando mais e mais curioso para saber qual foi a gota d’água que
realmente fez com que o relacionamento deles acabasse. Pontos para Daniel que
conseguiu incutir em mim uma fome voraz para saber o final do livro.
Como o livro todo é uma
carta escrita por Min, ele não possui capítulos como quase todo o livro tem e
isso também fez com que eu me apaixonasse mais ainda pela estória. Acho que por
todos esses elementos tão ricamente entrelaçados e por ser uma estória um pouco
diferente do habitual, ela me cheira muito a um filme dirigido por Woody Allen,
não sei por que mais achei esse livro à cara dele ou de um filme que ele
dirigiria. Recomendo pra todas as
pessoas, afinal quase todo mundo já teve um Ed Slaterton em sua vida certo?!
Debby Andrade
12 comentários
Adorei a resenha dupla. Interessante como as opiniões são bem individuais. Isso só me deixou mais interessada nessa leitura.
Vou ler para desempatar o placar. kkkkkk
Parabéns meninas! Vocês arrasaram mais uma vez.
Bjnhs
sosobrelivros.blogspot.com
Uall quanta diferença!!!
Eu não li e pela resenha da Raffa, tbm não iria gostar da leitura, pq sinceramente relacionamento intenso até vai, mas intenso de 1 mês? Me pergunto o que seria então um relacionamento intenso de 10 anos?? Não teria paciência para acompanhar a história, mas entendo o ponto de vista jovial da Débora, quando somos jovens criamos expectativas que ao longo do tempo não são supridas e acabamos remoendo certos pensamentos como a Min em "Por isso que a gente acabou"...
Bjs meninas e adorei a ideia de resenha dupla!!!
Você foi uma das poucas que percebi não ter gostado do livro, uma pena mesmo. Bem legal a resenhas dupla, percebemos como um livro é encarado por cada um. Bjs, Rose.
Muito legal vocês terem feito resenha dupla! o/
Eu entendo seu ponto de vista, Raffa, e sua indignação, ahaha. Apesar de tudo eu curti muito a leitura, e minha opinião foi similar à da Debby, hehehe.
Beijos!
Oi, Raffa!
Bom, li algumas resenhas sobre esse livro e fiquei bem dividida quando começaram a sair as resenhas mais negativas... Admito que opiniões como a sua pesam muito mais. Se tem quem não ache tão bom, eu já começo a pensar que tem algo errado mesmo! haha Pra evitar decepção, vou empurrando ele pro fim da fila. rs
Beijos!
Adorei a resenha meninas, só não gostei da minha situação ao acabar de ler a opinião das duas...Leio ou não Leio o.O' rs
Oi, eu conhecia o livro, mas não sabia que era uma carta propriamente dita rsrs! É 1° vez que leio duas resenhas juntas rs, achei bem bacana, assim podemos saber a opinião das duas.
Um verdadeiro desastre. Parece que o autor quis "rechear linguiça" inserindo uma enorme quantidade de referências a filmes antigos que pouco tem a ver com o texto (na verdade não sei se algum tem alguma coisa a ver com a trama, pois são sempre filmes praticamente desconhecidos), e situações que não ajudam a dar andamento ao livro. Além disso, o ponto de vista empregado tornou o livro extremamente chato. E parece que é realmente uma carta, escrita durante o trajeto que a menina fez entre sua casa e a casa do cara. O problema é o tempo. Haja capacidade para escrever uma carta de duzentas páginas em tão pouco tempo! Resumindo a trama em uma frase, é uma história tola sobre como uma garota idiota entrega sua virgindade a um conquistador "padrão".
Li e não gostei. O livro foi escrito como uma carta, e dá a entender que essa carta foi escrita pouco antes da menina entregar uma caixa de lembranças na casa do cara. Haja disposição para escrever duzentas páginas em tão pouco tempo!
A história é clichê: menina tola que acaba entregando a virgindade a um “atleta” conquistador. Nada mais que isso. Tem até o melhor amigo “clichê”, que no começo da narrativa parece ser gay e no final é um apaixonado, entre outras personagens padrão. O estilo narrativo tornou o texto muito chato e repetitivo, e as infindáveis referências a filmes que ninguém nunca viu deram a impressão que eram apenas enchimento de linguiça.
Para mim, o livro todo foi um desastre literário.
Só eu que reparei que na segunda resenha ta escrito ´´estória´´ ?
Estória está correto!
Concordo com a Debby Andrade. Faz uma semana que estou lendo e ainda não cheguei na pagina 100. É muito chato. Não sei a idade da Debby...mas parece que o livro agrada mais aos adolescentes.
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