Coluna Raffa : Cartas Lacradas da @editorarecord

06 agosto 2013

Título original: Cartas Lacradas
Autora : Dora Openheim
Editora : Record
Número de págs: 462










Quando " Cartas Lacradas" chegou na minha casa eu pulava de alegria, tinha uma expectativa muito grande com o livro porque queria demais saber sobre as duas judias que trocaram cartas.
O problema é que por erro meu, imaginei que fossem durante a segunda guerra e óbvio que não eram, pois o próprio livro fala que vai do período de 1850 a 1917! Ou seja, nem meus avós que já se foram eram vivos.
O livro é bom mas não consegui amar como achei que faria.
A autora Dora Openheim se encanta em uma viagem a Grécia com seu marido pela história da família dele, acaba levando consigo uma caixa de costura lotada de cartas trocadas entre amigas durante o tempo acima citado. Nem mesmo o marido dela entende o porquê da esposa ter tanto interesse na história.
Também demorei para entender. O livro é rico demais em detalhes e as vezes cansa, quando a riqueza é na vida de um famoso que lhe interessa a história, ou se fosse durante o que passaram na segunda guerra eu me encantaria bem mais.
Mas não o é, a história é tão complicada e tem uma penca de personagens que a autora coloca uma árvore genealógica no final do livro, precisava mesmo, é muito nome, muitas história para uma pessoa só lembrar.
Me interessei por saber mais do local que ela cita o tempo todo : Salonica. Quis ver as pessoas da época como viviam, mas o interesse pela família não veio.
Por mais que as vezes tenha me interessados pela história da italiana judia : Michaela Varsano, ela é intensa, vive os acontecimentos sem medo, e até se envolve com quem não deve.
Mas os demais personagens por mais reais que sejam me deram sono.
Eu o faria mais curto, não vejo porque ter tanto detalhe em um livro que poderia ser menor e bem mais interessante de se manter uma leitura.
A escrita de Dora Openheim é concisa mas a história sendo longa nos cansa.
Uma pena, pois esperava muito do livro e a história não me ganhou como eu achei que aconteceria 

13 comentários

Cris Aragão disse...

Isso sempre acontece quando tenho altas expectativas por um livro sobre o qual não tenho muitas informações anteriores, vou com muita sede ao pote, o livro nem sempre é do jeito que eu tinha imaginado e acabo me decepcionando.

schrotz disse...

Isso é uma droga, apesar de ter achado que possa ser um bom livro, quando a gente tá muito ansiosa pra ler, quase sempre há decepções ): E que droga, porque se fosse na época da segunda guerra talvez tivesse rendido mais, não? Enfim... Boa semana!
http://literallypitseleh.blogspot.com.br/

Aline Basilio disse...

Achei a capa e a história lindas, mas desanimei com sua resenha.

Unknown disse...

quero ler esse livro me pareceu interesante

Anne Viana disse...

A capa é lindaa e de inicio me interessei muito pela história dele mas sua resenha me desanimou bastante =/

http://livroaoavesso.blogspot.com.br/

Lygia Netto disse...

Ahhhhhhhhhhhh...vc tinha TANTE expectativa para esse livro (eu que o diga o quanto vc o aguardou, HAHHAHAHA), uma pena que ele n foi o que vc imaginava...estava esperando uma resenha mega positiva..

Desculpa, mas eu ri de vc dizendo do período que se passa a história XD Só vc, Raffa! XD

Beijos!

Manuh H. disse...

Gostei da premissa do livro. Mas ao ler que são muitos os personagens e que isso faz o leitor se perder um pouco na narrativa, concordo que fica muito cansativo! Eu, com minha memória de velhinha de 100 anos, teria que voltar as páginas pra me situar, rsrs...
De qualquer forma é interessante, sim, adoro descrições de lugares em viagens e essa troca de cartas deve ter muita coisa pra contar...

Adriana disse...

Uma narrativa longa e cansativa faz a gente perder o interesse pela historia né Raffa, é uma pena, porque a historia podia ter tudo pra dar certo, se não fosse tantos personagens, acho que a quantidade faz a gente se perder na leitura, é uma pena mesmo! Parabéns pela resenha e pela sinceridade, bjão! :)

Unknown disse...

Eu tinha uma grande expectativa com esse livro, mas só de saber que a narrativa é cansativa, já desisti, pois tem livro que estou há 03 semanas para terminar e não consigo por causa disso!

Bom, fiquei numa terrível dúvida se iria ler ou não!

Beijinhos

www.estilogeek.blogspot.com.br

Natyla disse...

Não conhecia o livro e também acho que seria mais interessante se o assunto principal fosse sobre os fatos da segunda guerra. Uma pena que o livro seja tão cansativo.

Anônimo disse...

Quando li ''judias que trocam cartas'' me interessei de cara, mas ao longo da resenha desanimei rs
O livro explora a religião ou não Raffa?

Anônimo disse...

Raffa, acabei de ler cartas lacradas e achei que voce foi cedo demais com muita sede ao pote para desanimar leitores.Acho sim que talvez voce tenha confundido o que seria uma historia contada na segunda guerra, e o que é uma super historia dentro da Historia no seculo XIX, quase que desconhecida pelos leitores brasileiros.Pense que a autora fez um rewind e teve que viver esta época, o livro é rico em personagens reais,em Historia na epoca da construção do Orient express, na decadência do Império Otomano, nos salões de Paris uma viagem no tempo como teria feito os grandes autores russos. O livro me lembra muito" A lebre com olhos de ambar "-pois o tempo é o mesmo.De Holocausto temos diversos livros bons e uma fileira de filmes, mas este,por ser de uma autora brasileira,que levou décadas atrás de arquivos e respostas a estas cartas, vale a pena ser lido.O final é surpreendente,posso ate dizer que é um drama inesquecível e chorei emocionado. É até difícil de acreditar que tudo tenha acontecido. , e instigado sai a procura dos personagens pois como nos ensina Umberto Eco, quando nos apaixonamos vamos encontrar a verdade.No facebook Cartas lacradas como tb no site da editora, a autora apresenta o backstage da feitura do livro.Com as fotos e documentos,podemos ver que ela conseguiu um tento, que vai dar pano para se falar tanto quanto Dan Brownno codigo da vinci.Alias, o livro que acho que foi alançdao em junho esta competindo pau a pau com Dan Brown Inferno e Husseini e John Green-palmas para ela, que já tem resenha no NY times e o livro comprado nos Estados Unidos e pela Editora Polis na grecia.No segundo volume , pelo que soube .ele conta de 1917 até a segunda guerra.Acho que poderia reconsiderar sua resenha, e dar uma segunda chance a turma que desanimou.Vale a pena, abraços Robert Lanten do Amaral

Raffafust disse...

Olá Roberto

Muito obrigada pelo seu comentário. Eu realmente acho que a culpa foi minha que vim com uma expectativa imensa em cima de um tema - Segunda Guerra - que não era o caso. Como mesmo cito na resenha, confundi por ter lido que era a troca de cartas de duas judias e isso me levou ao equívoco.
De qualquer forma não acho de forma alguma que seja um livro ruim,longe disso, mas pelo seu relato imagino que seja melhor historiador do que eu, gosto sim de livros de todas as épocas mas me encanto mais por alguns períodos.
Me impressionou sim todo o estudo da autora, sua escrita bem feita e o tema ser abordado depois de tantos livros que caem no marasmo : sempre eróticos , romances ou de terror. Acho válido sim que hajam autores que se interessem em mostrar a história de uma forma única, ainda não desvendada, infelizmente só não era o tema que esperava ler naquele momento e isso me decepcionou, porém, longe de achar que não seja um livro interessante , principalmente para os que se interessam pelo tema.
Inclusive, pretendo sim, ler o segundo volume!
Abs

© LIVROS MINHA TERAPIA- TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Design e Programação por