Salem e Savannah se conhecem desde a infância e quase todas as memórias que cada um deles carrega, eles compartilharam juntos. Mas quando Savannah conta para Salem que sua família vai se mudar para a Carolina do Sul apenas dias antes de começarem o segundo ano do ensino médio, Salem fica devastado.
Eles prometem passar os últimos dias de Savannah em sua pequena cidade natal juntos, relembrando os últimos dez anos de suas vidas, até que um dia, Salem acorda e Savannah se foi.
Mas essa não é a última vez que seus caminhos se cruzam. Na verdade, a vida continua a entrelaçar suas histórias, até que em uma tarde ensolarada, Salem vai até o escritório do jornal local de sua cidade e se depara com um rosto familiar. É Savannah. Ela continua sendo a mesma pessoa desde a última vez que ele a viu. O único problema é que ele não é mais o mesmo.
Situado em uma cidadezinha do Missouri, A Bird on a Windowsill conta a história de um garoto e de uma garota que compartilham um passado. E agora, aos 23 anos, após passarem os últimos seis anos separados, ambos devem navegar sobre a delicada linha entre o amor e renúncia, até que eles estejam cara a cara com a escolha que pode mudar seu futuro — e sua história.
Antes de começarmos a ler esta resenha, duas palavras devem ser salientadas. São elas:
- Amar: adorar; possuir afeição por; demonstrar adoração por;
- Persistir: expressar constância; em que há insistência; continuar ou prosseguir;
As duas palavras acima já definem um pouco do que é essa trama lindamente construída pela autora americana, Laura Miller.
A Bird on a Windowsill é um livro sobre amor e a persistência de quem ama. Sobre a efemeridade das coisas e sobre saber enxergar e valorizar sua simplicidade, porque segundo dizem por aí, são as pequenas coisas que fazem a diferença. E realmente identificamos o quanto Savannah Catesby e Salem Ebenezer apreciam cada minuto que compartilham juntos.
Já vemos de cara que os dois personagens da trama guardam com carinho os instantes que viveram e as histórias que dividiram pelo modo como os capítulos são compostos. Contados e alternados sob o ponto de vista tanto do Eben como da Vannah, esses capítulos são divididos em dias, sendo contados desde o dia 1 que foi o dia em que eles se conheceram, e daí por diante. Isso é algo muito interessante de testemunhar, principalmente se você é o tipo de pessoa que guarda com todo o carinho e amor do mundo momentos vividos em alguma fase da sua vida que hoje definem um pouquinho de quem você é. Até porque, se pararmos para pensar, é muito fácil esquecermos das coisas e nem sempre prestarmos atenção àquele pequeno detalhe, quase imperceptível que pode se transformar em algo grandioso. Isso é quase uma teoria do caos, mas é verdade. Sob uma perspectiva bem particular, a grande carga emotiva do livro é trabalhada em cima disso, do simples, do fugaz. Fugaz que não precisa ser necessariamente finito. Tudo o que pode ser devidamente reconhecido e apreciado pode ser também enriquecido e guardado. Basta lembrarmos de um momento que nos marcou. Triste ou feliz, esse momento passou. Foi efêmero? Sim. Mas você ainda lembra dele, não é? Ele foi importante o suficiente para ser guardado na caixinha do que é inesquecível. Com Salem e Vannah os dias eram assim. Muitas histórias, muitos momentos, muita coisa para compartilhar.
Já vemos de cara que os dois personagens da trama guardam com carinho os instantes que viveram e as histórias que dividiram pelo modo como os capítulos são compostos. Contados e alternados sob o ponto de vista tanto do Eben como da Vannah, esses capítulos são divididos em dias, sendo contados desde o dia 1 que foi o dia em que eles se conheceram, e daí por diante. Isso é algo muito interessante de testemunhar, principalmente se você é o tipo de pessoa que guarda com todo o carinho e amor do mundo momentos vividos em alguma fase da sua vida que hoje definem um pouquinho de quem você é. Até porque, se pararmos para pensar, é muito fácil esquecermos das coisas e nem sempre prestarmos atenção àquele pequeno detalhe, quase imperceptível que pode se transformar em algo grandioso. Isso é quase uma teoria do caos, mas é verdade. Sob uma perspectiva bem particular, a grande carga emotiva do livro é trabalhada em cima disso, do simples, do fugaz. Fugaz que não precisa ser necessariamente finito. Tudo o que pode ser devidamente reconhecido e apreciado pode ser também enriquecido e guardado. Basta lembrarmos de um momento que nos marcou. Triste ou feliz, esse momento passou. Foi efêmero? Sim. Mas você ainda lembra dele, não é? Ele foi importante o suficiente para ser guardado na caixinha do que é inesquecível. Com Salem e Vannah os dias eram assim. Muitas histórias, muitos momentos, muita coisa para compartilhar.
Situada em uma cidadezinha chamada Allandale, a narrativa é límpida, fácil. Conta a história desses dois personagens — Eben e Vannah — que se conheceram durante a infância, passando por toda essa fase juntos, conhecendo a amizade, descobrindo coisas além e aprendendo a lidar com situações inesperadas. O enredo tem a capacidade de transmitir um sentimento tão... espontâneo. É de uma sensibilidade e naturalidade tão grande que a vontade de dar continuidade a leitura, o desejo de não querer parar é imenso.
Por último, é preciso pontuar: o livro possui dois epílogos bem curtinhos, mas destruidores. Curtinhos mas que resumem bem a essência da história. É efêmero, mas pode durar para sempre.
Laura Miller é uma escritora americana natural do Missouri, autora de mais cinco livros, dentre eles, When Cicadas Cry e Butterfly Weeds.