Resenha: A Little Too Late, Staci Hart

17 outubro 2017

Eu não deveria me apaixonar pela babá.

Quando minha esposa foi embora, ela levou consigo a ilusão de felicidade, e desde então, vivo em queda livre. Por nove longos meses, lutei para descobrir como ser um pai solteiro e como viver sozinho.

Por nove longos meses, eu tenho falhado.

Quando Hannah passou pela porta, eu pude respirar aliviado pela primeira vez desde que percebi que estava sozinho. Ela entrou em nossas vidas com facilidade, mostrando o que eu tenho perdido em todos esses anos. Hannah me fez sorrir quando eu pensei que havia empacotado a noção de felicidade junto com meu álbum de casamento.

Ela deveria ser apenas a babá, mas ela é muito mais.

O dia em que minha esposa foi embora deveria ter sido o pior dia da minha vida, mas não foi. Foi quando Hannah foi embora levando meu coração com ela.





Conheci os trabalhos de Staci Hart no início deste ano quando ela se preparava para lançar o romance inspirado em Persuasão: A Thousand Letters. Na mesma hora me inscrevi para receber um ARC do livro, porque simplesmente estava apaixonada pela capa e pela ideia de ser inspirado na obra de Jane Austen. Desde então, mantenho meu detector de livros mágicos sempre ligado e atento aos novos lançamentos dela que, por sinal, é o assunto deste post.

Na resenha de hoje preciso contar para vocês o que achei do novo livro da autora, A Little Too Late, mas não sei por onde começar. Se eu fosse youtuber estaria gaguejando neste momento, de verdade.

Para início de conversa, A Little Too Late deu início a sua estratégia de arrebatamento começando pela capa e no final, eu já estava fascinada, apaixonada e extremamente feliz com a história. Parte disso deve-se ao tratamento dado pela autora à narrativa e aos personagens, mas, acredito que pelo menos dez porcento deve-se também à certa proximidade que tenho com o tema retratado na obra.  

O livro conta a história de Hannah, uma jovem holandesa que se inscreve no programa de au pair e vai para os Estados Unidos fazer intercâmbio enquanto tira algum dinheiro cuidando de crianças. Neste tipo de intercâmbio a menina se inscreve numa agência, preenche um formulário gigantesco chamado application e, se considerada apta, faz entrevista por Skype com diversas famílias americanas cadastradas no programa a fim de conseguir uma babá para seus filhos. Ao aplicar para o programa as meninas tomam conhecimento de várias regras que devem ser obedecidas não só pelas au pairs, mas também pela família acolhedora ou host familyHannah foi então para a casa de Quinton  (esqueci o sobrenome da família) em Nova Iorque, mas as coisas não acontecem como ela pensava que aconteceria, então ela acaba desistindo da família e pedindo demissão. Quando coisas assim acontecem, a jovem entra em estágio de rematch, onde ela tem um prazo para conseguir outra família, caso contrário, ela tem que retornar para seu país de origem. Mas graças ao Pai e a Staci, Hannah vai parar na casa de Charlie, onde começa a cuidar de Sammy e Maven. 

"Ela deveria ser apenas a babá."

Charlie é um cara sério, respeitador, paizão, mas tem a vida muito conturbada. Ele e seus filhos foram abandonados pela mãe/esposa, Charlie descobriu que estava sendo traído e sua vida estagnou de um jeito angustiante. Ele praticamente se afoga no trabalho para manter a casa e se desdobra entre seus afazeres profissionais e seu papel de pai. Charlie sabe que precisa ser mais presente, ele quer se fazer presente, quer ser o pai que seus filhos merecem, mas nunca há tempo suficiente para que isso aconteça, e ele parece não encontrar forças e motivação para mudar sua vida até conhecer o sorriso de Hannah, testemunhar sua leveza de espírito e sua forma doce e positiva de ver as coisas. 

Resumindo, A Little Too Late nos mostra o desenrolar dessa história que se inicia com a aproximação de Charlie e Hannah. Retrata os obstáculos que eles enfrentam o tempo todo, seja por motivos de ex-mulher ou ex-hostdad, seja pela insegurança de Charlie de enfrentar seu medos ou por sua dificuldade em confiar e aceitar quem nem todos são iguais a mãe de seus filhos. Hannah é muito mais, e ele precisa relaxar e aprender a conviver com isso, com a felicidade e o tanto de coisas boas que Hannah proporciona. 

Maravilhoso, intenso e angustiante. Você vai tentar enrolar na leitura só para ela durar mais e mesmo assim, não vai ter sucesso.

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